A mais antiga agência bancária instalada em Santa Inês, no final no começo dos anos 70, ainda não teria comunicado - pelo menos publicamente através das mídias convencionais - aos seus correntistas que vai fechar as portas definitivamente na cidade, mas muitas autoridades e populares já estão sabendo que a agência do Banco da Amazônia, localizada há décadas na Avenida Luiz Muniz, no centro, vai encerrar seus trabalhos em Santa Inês no próximo mês de julho, o que pode acontecer, talvez, em menos de 30 dias. Na sessão da Câmara Municipal de Santa Inês da semana passada, o assunto foi debatido e os vereadores se manifestaram contra a notícia. Antes porém, o hoje secretário de Indústria e Comércio do Município, o vereador licenciado Pedro Tavares, já havia encaminhado para a gerência local do banco estatal, criado com a finalidade de financiar a agricultura e o comércio na região da Amazônia Legal na qual se inclui o Maranhão, cuja agência se instalou em Santa Inês no dia 19 de abril de 1970 - conforme informações do arquivo do Jornal AGORA Santa Inês, tendo completado exatos 50 anos e dois meses, ontem, 19 de junho de 2020, sendo seu primeiro cliente a família Muniz - encaminhasse à direção do mesmo um pedido de que revogue essa proposta, que por certo prejudicará milhares de pequenos agricultores e investidores da região do Vale do Pindaré, e de parte do Maranhão Central. A agência do Banco da Amazônia, que deixou de ser BASA, talvez em razão de ter passado a se uma instituição financeira exclusivamente da União, visto que esta era dona de apenas 51% do capital do banco, e daí o BA...SA, o que seria Banco da Amazônia Sociedade Anônima, etc./Basa - é a de número 0061. Sobre essa desagradável notícia as instituições representativas das classes econômicas de Santa Inês e da região, bem como políticos e as autoridades com poder de intervir, ao menos demonstrando não ser este o caminho a ser tomado pelo banco, estão se movimentando para reverter essa situação.
MAIS SOBRE
O BANCO
O Banco da Amazônia ou o então BASA, foi fundado durante a Segunda Guerra Mundial por Getúlio Vargas sob o nome de Banco de Crédito da Borracha, sua criação é resultado da estratégia de guerra dos aliados e contava com a participação acionária dos Estados Unidos e Brasil. Inicialmente, seu objetivo era reativar a atividade seringueira, matéria-prima da borracha, em declínio desde a Primeira Guerra Mundial na Amazônia, já que era a única região — livre do conflito, que detinha condições de produzir látex nas proporções desejadas (O Segundo Ciclo da Borracha). Em 1966 o governo militar muda seu nome para Banco da Amazônia S.A. ou simplesmente BASA. E ele passa a ser a principal instituição financeira federal de fomento com a missão de promover o desenvolvimento da região amazônica. Possuía papel relevante tanto no apoio à pesquisa quanto no crédito de fomento, respondendo por mais de 60% do crédito de longo prazo da Região. Com 120 Agências distribuídas em 09 Estados diferentes, incluindo, o Distrito Federal e São Paulo, o Banco da Amazônia é focado na região Região Norte do Brasil, e sua presença é vital e estratégica para o desenvolvimento econômico dos empreendimentos rurais e urbanos da região, especialmente, pelo fato de a mesma representar 59% do território brasileiro. Especialista em fomento, 38% da sua Receita Bruta (2011) provém de Del Crede da administração de Fundos Constitucionais como: Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), Fundo da Marinha Mercante (FMM) e Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). Sobre este último, detém a exclusividade de administração e operação. Além destes fundos, o Banco opera com linhas do Orçamento Geral da União (OGU), Recursos Obrigatórios (RO) e com as linhas do BNDES, principalmente, nas regiões fora da Amazônia Legal. Sua sede geral está situada na Avenida Presidente Vargas, em Belém do Pará. (Clélio Silveira Filho/ com informações do Arquivo do AGORA e da Wikipédia/ Fotos do arquivo do AGORA)