Informação consta em documento da investiga-ção elaborado pela Polícia Federal e que tem trechos de conversas de prefeito interceptadas.
O prefeito da cidade de Santa Inês, Felipe dos Pneus, pediu R$ 100 mil a empresário para pagamento de uma dívida acumulada com o próprio pai, Antonio Barbosa de Carvalho.
De acordo com o documento sigiloso, obtido pe-la redação do Ipolítica (Imirante) em conversa de whatsapp interceptada pela PF, Felipe dos Pneus sugere a Antonio Neto uma articulação junto a Antonio Rocha, proprietário da Droga Rocha [empresa com contrato junto ao municí-pio investigado pela polícia], o repasse da quantia para o pagamento de um dívida que ele acumulava com o próprio pai.
“Manda seu Rocha transferir R$ 100.000,00. Preciso pagar o pai”, destaca trecho do diálogo.
“Observe-se que o referido diálogo data de julho de 2021, enquanto o contrato investigado en-contrava-se vigente e, consequentemente, ha-via o repasse de valores pela Prefeitura de San-ta Inês, conforme os extratos bancários da con-ta pública presentes nos autos”, aponta o rela-tório policial.
Transferências
O prefeito afastado de Santa Inês também re-cebeu transferências, de acordo com a PF, de mais de R$ 700 mil em apenas três meses.
“No bojo do Relatório de análise do afastamento do sigilo bancário da conta da empresa AZMOM (ID 873859079 - cautelar), concluiu-se que o Prefeito Luis Felipe teria recebido 13 (treze) transferências distintas, no período de 03 (três) meses, por meio da AZMOM, totalizando o montante de R$ 761.200,00”.
Prefeito Luis Felipe recebeu um total de 13 transferências bancárias distintas, totalizando o montante de R$ 761.200,00 que foram re-passados, via emissão de cheques, para 4 pes-soas distintas, destacando-se como beneficiá-rios imediatos, a empresa do seu pai, A. B DE CARVALHO, a sua chefe de gabinete, Liliane Gatinho, o articular do esquema criminoso, An-tonio Neto, e para o suposto laranja, Itamar Costa Marques, totalizando-se o montante de R$ 761.054,00, conforme demonstrado neste relatório”
O prefeito segue fora do comando do município por força de decisão judicial e pode perder o mandato.