Danúbio morreu na madrugada de domingo, muito provavelmente de um infarto, em São Luís onde residia, e onde seu corpo foi velado por algumas horas, e depois trazido aqui para Santa Inês, tendo sido velado ontem (terça-feira) à tarde na residência de familiares, no Bairro da Cohab, e em seguida sepultado no Cemitério da Cotia Pelada, onde compareceram amigos e familiares, em tom de despedida. Muito querido em Santa Inês, como em São Luís, a cidade quase não teve oportunidade de se despedir dele. Danúbio chegou a ser free lancer no AGORA! Lamentamos muito a sua partida e nos solidarizamos com seus familiares e amigos, os quais ele tinha muitos. Sobre ele, uma de suas grandes amigas, Fernanda Rolim escreveu o belíssimo artigo que publicamos a seguir:
“Falar de Danúbio parece fácil, era um ser acima da média, todos os predicados atribuídos à ele devem estar na forma erudita, ter sufixos de grandeza, “íssimo” e “érrimo” são a cara dele, concordam? Inteligentíssimo, belíssimo, lindíssimo, interessantíssimo, raríssimo... e chiquérrimo. Masssss... escrevo com receio, já imagino ele rindo da minha falta de criatividade e atrevimento ao ousar escrever sobre ele que era a genialidade materializada. Sempre desto-ou de Santa Inês, aqui não havia espaço para tanto talento, e mesmo assim ele corria atrás e nos trazia coisas que para ele faziam sentido, nos trouxe peças teatrais e monólogos. As vitrines que ele tocava viravam ouro, os looks que ele montava eram perfeitos. Sempre que o via estava com um livro na mão, e sempre tinha uma banda ou música nova para mostrar. Quem o conheceu de verdade, o amou de verdade, não tinha como ser diferente, e por bons amigos ele foi acolhido e acolheu, e tornou-se irmão, filho... Mas Santa Inês era pequena demais para um ser como ele, não tinha troca suficiente, ele precisava de mais, muito mais... E Dan foi ser feliz em São Luís. Ahhhh... como ele amava essa ilha. Em São Luís ele encontrou iguais em essência, luz e amor, pessoas que o receberam da forma mais linda possível, que o amam (sim, no presente, o amor permanece) sem restrições, que o valorizam como pessoa e como profissional, que sabem ou pelo menos mensuram o tamanho do seu talento.
Hoje as pessoas que o amam começaram a se despedir. Em São Luis, o lugar que ele tanto amava, os amigos se reuniram para um último olhar, um último beijo, um último afago nos cabelos , o último adeus... Não houve ninguém que não tivesse algo bom para falar do Danúbio, todos tinham histórias para contar, de tudo que ele causou, acrescentou, mudou, deixou de mais marcante e bonito na vida de cada um.
Danúbio tinha uma ausência, pessoal... que todos esses amigos que agora choram não conseguiriam preencher nunca, mas ele partiu em paz, feliz e ciente do amor que plantou e do amor que colheu.
Dan, Danny, Danúbio... Agora você virou purpurina e vai abrilhantar o céu.
Descanse em paz, amigo, irmão, filho.”
Por Fernanda Rolim